É muito comum pacientes que se submeteram a tratamento para problemas na coluna vertebral, seja cirúrgico, medicamentoso ou fisioterapêutico, apresentarem dúvidas a respeito do que fazer para que as dores não voltem mais. O medo e a dificuldade de encontrar uma atividade segura fazem com que estes pacientes não realizem nenhum tipo de trabalho preventivo ou de manutenção dos resultados obtidos com o tratamento.
O personal e educador físico, André Ferreira, destaca que as mulheres são as mais vulneráveis. A proporção hoje é de um homem doente para cada três mulheres com dor crônica, especialmente nas pernas e costas, nos pés e na cabeça. “A dor crônica ocorre sem que haja estímulo doloroso, como acontece com boa parte das lombalgias, não tem função de ser sintoma de outra doença, persiste mesmo com a interrupção do estímulo doloroso e dura mais de três meses. A dor crônica é diferente da dor aguda, que é um mecanismo de proteção, já que serve para avisar o organismo de que algo não vai bem. Além disso, a aguda vai embora assim que a origem do problema desaparece, e a dor crônica, é como se o alarme de um carro fosse disparado sem que ele estivesse sendo roubado”, afirma.
O especialista em fisioterapia músculo-esquelética e instrutor de Pilates há 9 anos, Tiago Conti Ribeiro, destaca que a atividade física regular mantém as estruturas osteomusculares preparadas para a sobrecarga diária, previne novas lesões, melhora o condicionamento físico, corrige maus hábitos posturais e melhora a qualidade de vida do indivíduo. “O Pilates tem se tornado importante aliado no pós-tratamento para coluna vertebral por ser uma atividade acompanhada por um fisioterapeuta, o qual deve estar presente durante a execução de todos os movimentos, corrigindo postura e garantindo a boa execução do exercício. O método não só previne novos episódios de dores na coluna como pode ser utilizado a fim de preparar esses pacientes para a prática de esportes”, ressalta.
O especialista Tiago Ribeiro afirma que no método conhecido como “Pilates para Coluna” o paciente recebe o auxílio de um aparelho de biofeedback chamado de Stabilazer. “Com esse equipamento é possível monitorarmos a aprendizagem do paciente iniciante na modalidade com intuito de garantir a contração eficiente da musculatura mais profunda e estabilizadora da coluna. Esse trabalho auxilia no pós-tratamento de problemas como dor lombar, dor cervical, discopatia degenerativa e até mesmo hérnia de disco, através da conscientização da contração dos músculos que protegem a coluna vertebral. Desta forma, evitamos novos episódios de dor nas costas e garantimos uma melhor qualidade de vida”, completa o fisioterapeuta.